Quando pensamos em carros de luxo, é comum imaginar que o principal obstáculo é o preço. No entanto, no caso da Ferrari, o simples fato de ter dinheiro não garante que você poderá adquirir um de seus modelos icônicos. A montadora italiana é conhecida por suas regras rigorosas e pela seleção criteriosa de seus clientes, especialmente quando se trata de edições limitadas. Além disso, a relação da marca com influenciadores e celebridades que personalizam ou usam seus carros de forma “inadequada” tem gerado polêmicas.
Adquirir um modelo Ferrari vai além de apenas assinar um cheque. Para garantir que a marca mantenha sua exclusividade e prestígio, a empresa adota algumas práticas que podem parecer surpreendentes:
Histórico com a marca: Clientes que já possuem Ferraris ou têm um histórico de compra são priorizados. Isso garante que os modelos mais cobiçados fiquem com colecionadores e não sejam comprados apenas para revenda especulativa.
Compromisso com a exclusividade: A Ferrari evita vender carros para quem pretende revendê-los rapidamente ou usá-los de forma que prejudique a imagem da marca.
Imagem pública: A empresa considera a maneira como o comprador é percebido publicamente. Celebridades e influenciadores são avaliados para garantir que seus valores estejam alinhados à marca.
Limitação de edições especiais: Para modelos exclusivos, como o LaFerrari ou o Monza SP1/SP2, a seleção é ainda mais restrita. Somente um grupo muito seleto de clientes tem a oportunidade de adquirir esses carros.
Exemplos de polêmicas envolvendo a Ferrari
Vários casos ao longo dos anos mostram como a Ferrari não hesita em proteger sua marca, mesmo que isso signifique cancelar compras ou solicitar a devolução de carros.
O humorista e influenciador brasileiro Whindersson Nunes revelou em entrevistas que foi solicitado a devolver seu carro pela Ferrari. Segundo ele, a marca considerou que o uso ou as personalizações feitas no veículo não estavam alinhadas com seus padrões. Embora os detalhes específicos não tenham sido divulgados, o caso gerou grande repercussão nas redes sociais e trouxe à tona o controle rigoroso da Ferrari sobre sua imagem.
O famoso DJ e produtor Deadmau5 transformou seu Ferrari 458 Italia em um “Purrari”, com um design inspirado em gatos e ações promocionais ligadas à sua música. A Ferrari não gostou da ideia e enviou uma notificação legal exigindo que o carro fosse revertido ao seu estado original. Deadmau5 acabou vendendo o carro e usou o caso para criticar a postura da marca.
Justin Price personalizou seu Ferrari com alterações estéticas e mecânicas que fugiam dos padrões da marca. Como resultado, a Ferrari tomou medidas legais para proteger a integridade de sua imagem e impedir que o veículo continuasse circulando com as modificações.
A Ferrari é mais do que uma fabricante de carros; é um símbolo de exclusividade, desempenho e sofisticação. Suas regras visam proteger essa reputação, garantindo que os veículos sejam associados a clientes que valorizem a marca. Embora essas políticas possam parecer restritivas, elas também contribuem para manter a Ferrari como um dos nomes mais prestigiados no mundo automotivo.
Se você está pensando em adquirir uma Ferrari, saiba que não basta ter os recursos financeiros necessários. É preciso estar preparado para atender às altas expectativas da marca e compreender que possuir um de seus veículos é mais do que um investimento: é um compromisso com a tradição e a exclusividade. Casos como o de Whindersson Nunes e Deadmau5 mostram que a Ferrari não hesita em proteger sua imagem, mesmo que isso gere polêmicas.
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